
Confesso que teleféricos não é dos meios de transporte de que mais gosto, mas reconheço que dificilmente se consegue ter uma vista tão boa.
A do Teleférico do Funchal é deslumbrante…

Compramos só uma ida (€11 por pessoa), porque a nossa intenção era, no Monte, o ponto mais alto da cidade do Funchal, apanhar um carro de cesto, considerado recentemente pela CNN um dos meios de transporte mais cool do mundo. E com razão!
A viagem num destes carros (feitos de vime e de madeira assente em dois “patins”) custa €30 para duas pessoas (nada barato!), mas vale muito a pena. Durante 2 km ou cerca de 10 minutos de adrenalina, a 45km por hora por ruas íngremes e sinuosas, vivemos um misto de emoções: medo, excitação, espanto…
Conduzidos e controlados com muita perícia por dois carreiros, trajados de branco e com chapéu de palha na cabeça, que utilizam as próprias botas, com grossas solas de borracha, como travões, os carros de cesto surgiram em 1850 e eram a forma mais fácil e rápida de viajar entre o Monte e a capital madeirense.
Hoje, perdeu-se esse lado utilitário, mas ganhou-se uma atracção turistica única com eco pelo mundo fora.
Do Livramento, local de paragem dos carros de cesto, até ao Funchal ainda é um bocado. A pé é obrigatório estar bem calçado porque são cerca de 2 km (a descer, é certo) por ladeiras ingremes…
Há também a opção de regressar de taxi (atenção: os taxis na Madeira são muito caros e este percurso não foge à regra. Custa, só e mais nada, €20!) ou num autocarro turistíco (aí vale a pena comprar um bilhete combinado: teleférico + autocarro).
De volta ao Funchal, não deixe de ir ao mercado dos Lavradores e perca-se naquela mistura de flores e de frutos. Eu que, como já disse por aqui várias vezes, gosto mais de frutos do que de flores, trouxe para Lisboa (na mala de mão) as melhores anonas e maracujás que comi na vida!
FG
