Os blogs servem, entre outras coisas, para partilharmos novidades, descobertas, paixões, ódios. Neste caso quero falar-vos do hotel onde fiquei hospedada com a minha família durante 2 dias em Paris, depois da estada na Disneyland.
Descobri-o no Booking.com, aliás o site onde faço quase todas as reservas de hoteis. Estava à procura de quartos comunicantes ou de uma suite que albergasse 4 pessoas. Apesar de a minha filha Ana, que tem 11 anos, ainda contar como criança, a Rosa (de 13) é considerada adulta, e a maior parte dos hoteis não permite 4 pessoas num quarto. Cheguei a pesquisar apartamentos no AirBnb, mas, como tudo em Paris, pareceram-me caros. Pensei: “pelo mesmo preço acho que consigo arranjar um hotel e sempre nos fazem a cama…” Dito e feito. Sim, porque férias são férias, certo?
Descobri um tal Bedford Hotel, de que nunca tinha ouvido falar, mas com excelentes críticas no TripAdvisor e no Booking. Entre as várias “benesses” (a localização a melhor delas: ao lado da Madeleine e perto de tudo!) tinha uma suite que se transformava em 2 quartos (um com cama de casal e outro com duas camas) e duas casas de banho (simpático quando somos 4 a tomar banho de manhã) por um preço muito razoável para os padrões de Paris: €240 por noite para os 4. Mais barato do que a maioria dos apartamentos que tinha visto no AirBnb… Ainda por cima, rezavam as tais críticas, “o hotel tinha acabado de ser reformado”.
Reservei-o sem pensar mais e, confesso, a minha expectativa era grande. Será que o quarto tinha mesmo os tais 46m2 anunciados (em Paris, onde os quartos são todos mínimos)? E estaria tudo novinho, acabado de reformar?
A boa notícia é que sim. É tudo verdade! Mesmo. O hotel é completamente honesto para um 4 estrelas, está reformado com simplicidade e bom gosto, o quarto/apartamento onde ficámos era lindo, grande e cheio de luz (com 4 janelas até ao chão!), tem um restaurante ótimo com decoração Belle Epoque e com um pequeno-almoço caro (€21 por pessoa), uma localização impagável (com uma estação de metro a 250 metros) e melhor do que tudo, com um serviço irrepreensível!
Como nunca tinha ouvido falar nele (certamente por falta de cultura minha, pois no Hotel Bedford morreu, em 1891, o último imperador brasileiro, Dom Pedro II) achei que era minha obrigação dar conta aqui de tão boa descoberta.
Se está a pensar ir em família a Paris e não tem onde ficar, tente marcar o Bedford Hotel. Sei que não se vai arrepender, mas, depois, diga-me de sua justiça.
FG
PS. Não tive nenhum desconto ou “tratamento especial” no hotel. Escrevo sobre ele porque gostei. Nada mais. (Serve este PS para afastar comentários, como já aqui tive: “Se me pagassem também fazia publicidade…”)